- Texto: O Jogo da Vida
- Autor: Erika Figueira
- Interpretação: Erika Figueira (@erikapes)
- Música: District 9 – Trilha do filme Distrito 9
- Duração: 2min15s
Arte da vitrine: Rodrigo Sena
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Este Po(D)ema faz parte de uma série. Parte 6/24.
O Jogo da Vida
Me entreguei nas mãos do nada, nada peço, abomino expectativas, e aprendi que quando eu luto por algo inerente a minha alma: eu consigo.
Sou a antítese dos conteúdos de auto-ajuda, meus estímulos pra prosseguir e crescer não se encontram em motivos nobres. Resolvi travar uma batalha com a vida…
A vida é uma lutadora voraz que me chateou até eu entrar no ringue e encher a cara dessa vagabunda de porrada. Quantas vezes ela me jogou no chão…tantas vezes eu me levantei no penúltimo número da contagem. Quantas vezes ela me imobilizou?
Não sei o que é se acomodar, ela nunca deixou que isso acontecesse pois fui criando estratégias pra suportar essa luta até o fim.
Vem cretina!Vem! Me derruba…driblo, debocho… meu sarcasmo é o meu aplauso pra essa maldita senhora.
Eu não queria mas lutar…eu só queria sair da maldita lona do ringue, esse ringue que um dia eu acreditei ter paraísos e castelos…Várias camadas desse cenário foram se despindo.
Aqui estou eu, de braços erguidos pra platéia dos meus próprios personagens, meu corpo dói, meus olhos estão roxos, mas eu não vergo.
Que venham mais lutadores e cada vez mais fortes, perdi o medo de partir, só me resta nocautear realidades e surrar o mundo com os meus desejos.