- Texto: O Sagrado
- Autor: Erika Figueira
- Interpretação: Lucas Amura (
@lucasamura) – Português com Humor
- Músicas:
- Chevarlies os Sangreal – Hanz Zimmer
- 503 – Joshua Bell e Hanz Zimmer
O Sagrado
Eu creio no sagrado, mas eu sou tío pequena que não tenho a pretensão de saber em qual forma ele se apresenta.
Sou tío pouco que não creio que ele seja a minha imagem e semelhança.
Ele é tío grande que desacredito que seja um só.
Eu o sinto, e sei que ele não se aprisiona entre quatro paredes.
Sei que ele é onipotente e tudo pode, mas dentro apenas do que eu me permito.
Ele é onipresente e está nos lugares em que meu espírito não é cego.
Natureza onisciente que conhece todas as verdades, a medida que nos afastamos da ignorância.
Eu falo com este que pode ser vários, que pode ser nada, pode estar misturado com a natureza ou simplesmente ser ela própria-
Falo com ele através de minhas criações, meus pensamentos, por vezes eu o grito através da minha angústia, me desespero em crer que ele tem uma imagem em função da minha dor, o renego por vezes por o avaliar injusto, o clamo por implorar justiça.
Desconhecido, interpretado, por vezes amaldiçoado, sentido ou ignorado-
Mas basta fechar os olhos, seguir seus pensamentos, ignorar algumas morais, seguir o seu caminho, e talvez aguardar-
Sim, segure a sua revolta, tenha força para suportar as consequências, não se lastime por qualquer incongruência-apenas segue fiel a ti mesmo e as tuas verdades, entenda o que é amor e alteridade-
E aguarde a sua vez, pois o rumo ao seu próprio sagrado é um rio cheio de pedras, tempestades, intempéries, enganos-
Nascente de poucas águas, corrente de tormentos-mas destino que deságua como fortes torrentes, pra se juntar aos mais ricos oceanos